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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Melhor de Deus




"Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus.
E quem aproveitou melhor as comidas e os prazeres do que eu?
Ao homem que o agrada, Deus recompensa com sabedoria, conhecimento e felicidade. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada. Isso também é inútil, é correr atrás do vento."
Eclesiastes 2:24-26

O texto acima começa com a expressão: "Para o homem"...

Quão mesquinho é o ser humano não?

Comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho, são naturalmente o melhor para o homem. O que me remete à uma expressão atualmente muito usada... "o melhor de Deus".. será que enxergamos o "melhor de Deus" como sendo Dele mesmo, ou seria o melhor para nós mesmos?

O texto, mostra três estados em que homem pode buscar o melhor, e em cada um desses estados, esse "melhor" muda. Vejamos:

1º- Estado natural

Em seu estado natural, o homem é mesquinho. A satisfação de suas necessidades é o melhor. É o objetivo, a busca. O homem vê a felicidade, em sua própria realização, inevitávelmente. Afinal, do que adianta os outros serem realizados e eu não. Onde está a felicidade nisso? Mas ao satisfazer essa realização, ele percebe que a felicidade não está ali. E isso vem da mão de Deus. Mas não o satisfaz. Frustração? Acho que é pior o sentimento gerado por isso.. Insatisfação... O homem passa a pensar que não alcançou o suficiente para se satisfazer, e quer sempre mais... só que ele continuará a querer sempre mais... Porque a felicidade nunca estará ali.

2º- Estado de pecador

Sabemos que o homem é naturalmente pecador, então esse estado não pode ser confundido com o anterior. Aqui tratamos de pecador, como aquele que ainda é guiado pelo pecado, ou seja, escravo do pecado. Nesse estado o homem aparece como encarregado por Deus à ajuntar e armazenar riquezas para aqueles que O agrada. O Deus que satisfaz às necessidades dos seus, coloca um ponto de consolo para aqueles que O agrada: não importa se seus celeiros e armazéns estão vazios. Importa que alguém está armazenando para você, tudo aquilo que você precisa. Aquele que armazena riquezas, e acha que sua felicidade está nisso, têm sua felicidade no TER. O usufruir nem importa tanto mais... afinal só se armazena o que sobra, e entre repartir e ter o que sobra, ele prefere o ter, e se engana terrivelmente achando que sua felicidade está ali. Lembra do "Jovem rico"? Veja:

"Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas."
Mateus 19:22

O jovem se entristeceu porque tinha. "Ter" se tornou peso. Se entristeceu porque tinha que repartir. Mas ele não acreditava que o repartir trazia felicidade. Afinal, a lógica diz: quanto mais eu tenho, mais feliz eu sou. Mas Jesus disse o contrário, e o jovem tinha muito. Porque ele tinha, ele se afastou triste. Triste não?

O texto ainda diz nessa parte que é TAMBÉM inútil viver desse modo. "Também", pois tanto no modo "natural", como no modo "pecador", é correr atrás do vento. Buscar o nada. Ajuntar o vazio. Valorizar o que não se pode ver na eternidade.

3º- Estado de quem agrada a Deus

Glória a Deus que existe o estado da graça. Graça que nos concede conhecimento, sabedoria e FELICIDADE. Como é bom ser feliz pela graça. Quem agarda a Deus entende que a felicidade não é consequencia de nada. Não é efeito de causa nenhuma. Felicidade é recompensa. Recompensa por agardarmos a Deus, mesmo o agrado Dele a nós tendo sido muito maior na cruz. Recompensa imerecida. Recompensa suficiente. Recompensa eterna.

Me perdoem por não acreditar que "o melhor de Deus" ainda está por vir. Pois de coração eu digo, que "o melhor de Deus" já veio, morreu numa cruz, e me salvou para que eu O agradasse, e ainda me recompensou por isso com felicidade. Nele se cumpriu todas as coisas, e com elas todas as minhas necessidades.

Em Jesus, definitivamente O Melhor

Renato Melgaço

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A mais linda história que posso escrever


Me permita lhe contar uma história:

Havia um Senhor bondoso que tinha um filho adotivo.

A esse filho esse Senhor deu liberdade total para fazer o que quisesse.

Só havia uma regra: Não ultrapassar os limites da fazenda, pois um vez fora dos limites, o filho se tornaria automaticamente escravo do senhor que morava na fazenda vizinha.

Certa feita, o filho se aproximou da cerca que dividia as terras. O senhor que morava na fazenda vizinha lhe disse:
- E então jovem? Já tem idade suficiente para trabalhar não é? Se você quiser tenho vagas para servos em minha fazenda...

O jovem respondeu:
- Meu Pai disse que não devo ir até a sua fazenda.

O vizinho replicou:
- Ele não é seu Pai. Ele é seu Senhor, afinal você é adotivo. E como escravo dele, não vejo você ter nenhum direito dos escravos que regem essa região, não é? De certo ele não quer que você trabalhe para mim, com medo de que um dia você também se torne um grande senhor de terras, e lhe ofereça competição.

O jovem não entendeu:
- Mas você já é dono de terras próximas às dele, e ele não liga. Porque ele ligaria que eu fosse dono de outras?

Novamente, o vizinho falou:
- Eu não sou dono daqui. Ele só me deixa morar e tomar conta dessa terra. E preciso de servos, que me ajudem a fazer isso.. então o que acha?

Usando de sua liberdade, o jovem partiu e foi ser escravo.

Segundo a lei, os filhos do escravo, também seriam escravos e assim por diante. O tempo passou, passou... E o vizinho então já tinha muitos escravos, que haviam nascido desde esse primeiro escravo.

O Senhor bondoso, amava a cada um deles como filho, pois eram todos seus, e quando usaram da liberdade que ele lhes dera, se tornaram escravos, e isso lhe entristecia. Afim de reparar o erro do primeiro escravo, o Senhor bondoso se propôs a comprar cada um desses escravos, mas o preço era alto demais. O senhor vizinho, só era obrigado a vendê-los a troco do único Filho gerado do Pai, o Unigênito.

O Filho disse ao Pai:
- Pai, mesmo o Senhor tendo dado direito de filhos à eles, eles prefiriram os direitos de escravos, pois não entenderam que eram filhos. Mas peço-te que não seja a vontade deles suprema à vontade do Senhor de amá-los. Me permita ir, e ocupar o lugar deles para que eles sejam justificados.

Então o Pai disse:
- Acaso não é justo que eles lá estejam se essa é a vontade deles? Mas se assim permitir, não serei eu desamoroso para com eles, sabendo o que é o melhor para eles? Pois que se cumpra a justiça e se cumpra o amor. Você se entregará por eles, e eles terão direito a voltar até nós para que se cumpra o amor, porém escolherei segundo o conselho da minha boa vontade, aqueles que regressarão, e o restante deixarei que se entreguem a sua própria vontade, para que se cumpra a justiça.

Assim, o Filho se entregou.

Porém, o Filho era herdeiro legítimo da terra, e mesmo sendo feito servo em lugar de outros, era Senhor daquela terra também, o que lhe permitia ser superior ao senhor vizinho naquela terra, e assim ele pode retornar a casa de seu Pai. Ele saiu e disse ao vizinho que um dia voltaria para buscar aqueles que seu Pai escolheu, e quando assim fosse, o vizinho deveria deixar aquela terra, com todos aqueles que não tivessem a marca do Pai, para uma prisão eterna de dor e sofrimento. O vizinho lhe perguntou que marca era essa, e Ele lhe respondeu que era a marca da fé do escravo, que na verdade sabia que era filho por meio da adoção do Senhor das terras, e que essa fé seria demonstrada por meio do arrependimento de ter escolhido ser escravo.

Mas enquanto esperavam a volta do Filho para resgáta-los, os escravos ainda eram escravos. Mesmo depois de serem marcados pela fé do Pai, pois eles ainda estavam lá.

Lá os escravos, só sabiam ser escravos. Não tinham como renegar a posição de escravos. Mas pela fé no Pai, eles podiam ser escravos do Filho, ao invés de escravo do senhor vizinho. Pois as terras eram dele, e o preço por eles já havia sido pago, e mesmo que o Filho ainda não houvesse voltado, eles tinha o direito de serem escravos do Filho, ao invés do senhor vizinho.

Enquanto fossem escravos, só poderiam ser escravos. O caso é, escravos de quem?

Aos que tinha fé no Pai, escravos do Filho
Aos que tinham sido entregues à sua própria vontade, escravos do senhor vizinho.

Como escravo do Filho, sua função era de noticiar a boa nova de liberdade, e todos aqueles que se arrependesem e crêssem, seriam feitos filhos e herdeiros também. Era seu dever se preparar para ser recebido na glória como filho. Era seu direito ser herdeiro de todas as coisas que eram de seu Senhor, seu Pai. Inclusive da glória de ser eterno ao lado Dele.


"Pois aquele que, sendo escravo, foi chamado pelo Senhor, é liberto e pertence ao Senhor; semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, é escravo de Cristo." I Co. 7:22

Em Jesus, o Filho Unigênito
Renato Melgaço